A competência mais poderosa e subutilizada do mundo na capa da Harvard Business Review
- Gustavo Sette
- 14 de mai. de 2024
- 1 min de leitura
É ótimo quando uma importante revista de negócios traz em sua capa algo que você insiste e repete no trabalho com os clientes. O artigo "The Art of Asking Smarter Questions" destaca a importância de fazer perguntas e a carência dos executivos para isso.
Executivos não são treinados para fazer perguntas. Não sabem, não gostam, não valorizam e não são valorizados por perguntar pois, para muitos, o ato de perguntar passa uma imagem de fraqueza, como se coubesse ao líder saber tudo.
Além disso, perguntar requer atenção, tempo, interesse, empatia e humildade, comportamentos que não estão propriamente em alta nesse mundo em que todo mundo é o máximo.
Esses dias, um mentorado quase encerrou a reunião quando eu propus que ele fizesse perguntas em uma entrevista de emprego. A crença de que perguntar demonstra fraqueza é intensa.
O artigo identifica cinco tipos de perguntas importantes: investigativas, especulativas, produtivas, interpretativas e subjetivas. Mas, eu não entraria nesse nível de profundidade agora, acho que há um trabalho básico a ser feito, ligado a entender a importância e saber trabalhar o ambiente de fazer perguntas.
Muitos executivos sofrem fisicamente com o setting necessário para uma conversa que exige ouvir. Como se sentar, olhar para a outra pessoa, esperar ela falar, não ficar olhando para o celular, não interromper... Precisa ser treinado, elaborado, mas vale a pena.
Recentemente, ouvi alguém dizer que a inteligência artificial funciona melhor quando fazemos boas perguntas. Uma conclusão brilhante, porém, eu diria que os humanos, também...

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