Mais uma evidência de que “sucessão planejada” é uma fantasia
- Gustavo Sette
- 9 de nov. de 2023
- 1 min de leitura
Em editorial sábado passado, o Financial Times comenta a dramática questão da sucessão nas empresas de capital aberto.
Um estudo recente calcula uma perda anual de 1 trilhão de dólares causada por problemas sucessórios nas empresas da bolsa americana. O artigo comenta também o malabarismo que CEOs fazem para adiar e sabotar o processo sucessório.
Veja que estamos falando das maiores empresas do mundo, profissionalizadas há décadas, com conselheiros eleitos pelos acionistas, amplamente auditadas, escrutinadas e acesso aos melhores consultores e especialistas do mundo.
Imagine na empresa familiar de dono, com capital fechado e fundadores ocupando o papel de acionistas e executivos, e some a isso a cultura de orgulho e honra que reina nas empresas de origem latina.
Isso reforça minha tese, que alguns clientes dizem ser, ao mesmo tempo, tranquilizadora e assustadora: sucessão planejada é uma fantasia acessível a 10 a 20% das empresas, muito mais em função de uma inclinação diferenciada de quem tem o poder do que qualquer outra coisa.
Reitero aqui meu conselho a quem trabalha em uma empresa familiar: tenha em mente que, provavelmente (e infelizmente), não haverá a sonhada “sucessão planejada”, portanto, como você quer planejar a sua trajetória diante desse cenário?
The science of the successful succession.
Financial Times Weekend, 4/11/23.

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